Para o Dr. José Admirço Lima Filho, antes da invenção da anestesia, existiam diversas maneiras de evitar a dor antes da realização de uma cirurgia, como por exemplo, desmaios forçados e hipnoses. Contudo, após diversos testes feitos através dessas táticas, notaram que, na verdade, elas não eram eficazes. Felizmente, alguns estudiosos acharam uma solução bastante simples.
Essa solução nós conhecemos hoje como o álcool, presente em várias bebidas. Mas você sabe por que ele era indicado para a realização de uma cirurgia, ou o porquê dele ter deixado de ser eficiente? Para descobrir, recomendamos que leia esse artigo até o final, e conheça um pouco mais sobre a importância do desenvolvimento dessa substância que conhecemos hoje como anestesia.
Procedimentos cirúrgicos de antigamente
Conforme comenta o Dr. José Admirço Lima Filho, antigamente, os procedimentos cirúrgicos eram realizados com o propósito de investigações, ou em casos de extrema necessidade. Ainda assim, esse ato não era a melhor ideia para as pessoas e médicos, pois a falta de um produto que fosse capaz de controlar a dor dos pacientes fazia muitos preferirem viver e morrer com a enfermidade do que morrer no processo cirúrgico.
Basicamente, esses procedimentos eram feitos a sangue frio, e os indivíduos agonizavam na maca, enquanto era segurado por ajudantes, que prendiam todos os membros do corpo da melhor maneira possível. Contudo, após um certo tempo experimentando hipnoses e desmaios forçados, foi notando que esses métodos não causavam um bom efeito, foi aí que surgiu a ideia de investir no álcool como um procedimento mais prático.
O álcool como controlador das dores
O álcool passou a ser utilizado como medicina pois curiosamente ele causava certo cansaço e estado de embriaguez nos pacientes, fazendo com que muitos apagassem mais rapidamente, entretanto, o verdadeiro motivo dessa substância ser utilizada na época era a forma como suas propriedades conseguiam inibir parte do sistema nervoso central, que é o responsável por receber e processar informações.
Por causa disso, ao deixar o corpo menos perceptível as informações de que o ser humano está sendo machucado, era muito mais fácil realizar todo o esquema cirúrgico. Mas vale lembrar que, ainda que o álcool fosse uma maneira de tentar evitar a dor, o seu efeito era muito rápido, e, normalmente, o submisso acordava durante as operações. O que causava um certo pânico e mais dor no paciente.
A invenção da anestesia
Felizmente, foi por volta de 1846 que um cientista decidiu utilizar o elemento éter, que é a presença de oxigênio, carbono e hidrogênio para a realização de um tratamento. Para a surpresa de todos, essa substância deu certo, e conforme explica o médico anestesiologista Dr. José Admirço Lima Filho, com o desenvolver da ciência, o elemento em questão sofreu alterações e se tornou hoje o que conhecemos como anestesia, e que quando aplicado de maneira correta, não prejudica nenhum paciente durante todo o processo cirúrgico.