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Como prevenir e identificar maus tratos e violência financeira contra idosos

Paulo Henrique Silva Maia
Paulo Henrique Silva Maia

A violência contra idosos é uma realidade preocupante e crescente, especialmente no que se refere aos maus tratos e violência financeira contra idosos. De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, essa forma de abuso é muitas vezes silenciosa, dificultando sua identificação e enfrentamento. A conscientização da sociedade e a capacitação de profissionais da saúde e assistência social são fundamentais para proteger a população idosa.

 

O que caracteriza maus tratos e violência financeira contra idosos

 

Os maus tratos contra idosos englobam diversas formas de abuso, como negligência, abandono, violência física, psicológica e financeira. Esta última, embora menos visível, pode causar sérios danos à autonomia, saúde mental e qualidade de vida da pessoa idosa. A violência financeira acontece quando alguém, geralmente de confiança, usa os recursos do idoso de forma indevida, como apropriação de aposentadoria, manipulação para assinatura de documentos ou restrição ao próprio dinheiro. Conforme ressalta Paulo Henrique Silva Maia, esse tipo de abuso pode ocorrer tanto em ambientes domésticos quanto em instituições, e o autor muitas vezes é um familiar próximo.

 

Sinais de alerta para identificar a violência contra idosos

 

Reconhecer os sinais de maus tratos e violência financeira contra idosos é o primeiro passo para combatê-los. Mudanças de comportamento, isolamento repentino, medo constante, falta de acesso ao próprio dinheiro ou dificuldade em explicar gastos são indícios que merecem atenção. Segundo o Dr. Paulo Henrique Silva Maia, outro alerta importante é a presença de dívidas inesperadas, empréstimos desconhecidos ou a mudança abrupta de beneficiários em contas bancárias. Profissionais da saúde, cuidadores, vizinhos e familiares precisam estar atentos a essas situações e agir com responsabilidade quando perceberem irregularidades.

 

Estratégias para prevenir maus-tratos e abuso financeiro

 

A prevenção da violência contra idosos requer uma abordagem integrada, com ações educativas, fortalecimento de vínculos e suporte institucional. Informar os idosos sobre seus direitos e os canais de denúncia é essencial. Ao mesmo tempo, familiares e cuidadores devem ser orientados sobre práticas éticas e limites legais quanto à administração dos bens e decisões do idoso. De acordo com Paulo Henrique Silva Maia, é fundamental promover a autonomia financeira da pessoa idosa sempre que possível, evitando que ela se torne completamente dependente de terceiros. Instrumentos como procurações públicas e testamentos podem ser utilizados de forma segura, desde que com acompanhamento jurídico e sem pressões externas.

Paulo Henrique Silva Maia

Paulo Henrique Silva Maia

O papel das instituições na proteção do idoso

 

Órgãos públicos, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Conselhos do Idoso e Ministério Público, têm papel decisivo na proteção da população idosa. Essas instituições devem atuar de forma coordenada, facilitando o acesso aos serviços de acolhimento, escuta qualificada e orientação jurídica.

 

Conforme destaca Paulo Henrique Silva Maia, também é essencial a capacitação contínua dos profissionais da rede de proteção, para que saibam reconhecer os sinais de abuso e intervenham com base em protocolos bem definidos. A atuação preventiva e a denúncia formal são meios eficazes para interromper ciclos de violência e assegurar os direitos dos idosos.

 

A importância da denúncia e da participação comunitária

 

Romper o silêncio em torno da violência contra idosos é um desafio social. Muitos casos não são denunciados por medo, dependência emocional ou falta de informação. Por isso, é importante criar redes de apoio comunitárias e campanhas permanentes de sensibilização. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, quanto maior a participação da sociedade civil, maiores são as chances de prevenir situações de abuso. A denúncia pode ser feita de forma anônima por meio do Disque 100 ou diretamente nos órgãos de proteção, e deve ser vista como um ato de responsabilidade social.

 

Um compromisso coletivo com a dignidade do idoso

 

Maus tratos e violência financeira contra idosos exigem vigilância constante, ações integradas e políticas públicas efetivas. A prevenção passa por informação, fortalecimento da rede de apoio e garantia de autonomia para a pessoa idosa. Para o Doutor em Saúde Coletiva Paulo Henrique Silva Maia, o combate a essas práticas deve estar no centro das estratégias de promoção do envelhecimento saudável. Valorizar, proteger e respeitar os idosos é um dever coletivo e um sinal de maturidade de uma sociedade que reconhece a dignidade em todas as fases da vida.

 

Autor: Werner Krause

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