
Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que, além de seu papel clássico na saúde óssea, a vitamina D tem ganhado relevância na medicina reprodutiva por sua atuação em diversos processos fundamentais à fertilidade. Estudos recentes têm mostrado que a deficiência desse nutriente está associada a menor taxa de implantação, falhas na ovulação, alterações hormonais e maior risco de infertilidade tanto em mulheres quanto em homens.
A vitamina D funciona como um hormônio esteroide e participa da regulação de genes essenciais para o funcionamento do sistema reprodutor. Sua atuação se dá por meio de receptores específicos (VDR), presentes nos ovários, útero, testículos, placenta e células imunológicas. Isso justifica seu impacto direto sobre a ovulação, espermatogênese e implantação embrionária.
A relação entre vitamina D e ovulação saudável
Mulheres com níveis adequados de vitamina D apresentam maior regularidade menstrual, melhor resposta à estimulação ovariana e taxas superiores de gravidez em ciclos naturais e assistidos. A substância influencia a produção de AMH (hormônio anti-mülleriano), importante marcador da reserva ovariana, além de atuar na maturação folicular.

A vitamina D é essencial para a receptividade endometrial e o equilíbrio imunológico, segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun.
Tosyn Lopes frisa que pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP), condição associada à infertilidade anovulatória, frequentemente apresentam deficiência de vitamina D. Nesses casos, a suplementação pode melhorar a sensibilidade à insulina e restaurar a ovulação, ampliando as chances de concepção espontânea ou por técnicas assistidas.
Imunidade uterina e receptividade endometrial
A vitamina D possui propriedades imunomoduladoras e anti-inflamatórias, essenciais para o equilíbrio do ambiente uterino. Durante a janela de implantação, é necessário que o sistema imune materno tolere a presença do embrião sem desencadear resposta de rejeição. A presença adequada da vitamina contribui para essa tolerância imunológica.
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a deficiência de vitamina D pode estar ligada ao aumento da atividade de células NK uterinas e à expressão inadequada de moléculas envolvidas na adesão embrionária, como integrinas e citocinas. Com isso, a receptividade endometrial pode ser comprometida, mesmo em mulheres com exames hormonais aparentemente normais.
Vitamina D e fertilidade masculina
Nos homens, a vitamina D também exerce influência sobre a função testicular. Seus receptores estão presentes nas células de Leydig, responsáveis pela produção de testosterona, e nas células de Sertoli, que apoiam o desenvolvimento dos espermatozoides. Níveis insuficientes dessa vitamina têm sido associados à redução da motilidade e à concentração espermática inferior.
Tosyn Lopes comenta que a suplementação de vitamina D pode ser considerada em casos de infertilidade masculina idiopática, desde que outros fatores hormonais e nutricionais estejam sendo monitorados. A melhora da qualidade seminal costuma ocorrer de forma gradual e pode potencializar os resultados em técnicas como FIV e ICSI.
Como avaliar e corrigir a deficiência de vitamina D
A dosagem da vitamina D no sangue é feita por meio do exame de 25(OH)D, sendo considerado ideal um valor entre 30 e 50 ng/mL para fins reprodutivos. A deficiência é comum em pessoas com pouca exposição solar, uso constante de protetor solar ou dietas pobres em fontes do nutriente.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun sugere que pacientes em tratamento de fertilidade verifiquem seus níveis de vitamina D ainda nas fases iniciais da investigação clínica. Quando indicado, a reposição deve ser feita de forma controlada, com acompanhamento médico, já que doses excessivas podem causar efeitos adversos, como hipercalcemia e sobrecarga renal.
Vitamina D na fertilidade: um nutriente pequeno com impacto enorme
A presença ou ausência de vitamina D no organismo pode representar um fator-chave entre o sucesso e a falha em uma tentativa de gravidez. Seu papel vai muito além do metabolismo ósseo, influenciando o ambiente hormonal, a resposta imunológica e a receptividade uterina.
Tosyn Lopes analisa que a atenção a detalhes como esse pode fazer toda a diferença nos resultados dos tratamentos de reprodução assistida. Uma abordagem completa e preventiva, que inclua a avaliação de nutrientes críticos como a vitamina D, amplia as chances de sucesso e contribui para uma gestação mais saudável e segura.
Autor: Werner Krause
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